Suspeito de aplicar golpe do falso consórcio é preso em Salvador

Carro, moto e notebook estão entre bens apreendidos; pelo menos 35 pessoas foram vítimas dos golpes do falso consórcio.

Entre as vítimas está um vigilante, que economizou por três anos para comprar um carro em outubro de 2023. Lesado no valor de R$ 26,5 mil, ele tenta reverter o prejuízo causado pelo golpe.

"Ele [Diego] passou o termo, transferências, o extrato, mandou reconhecer firma e tudo mais. Aí o tempo foi passando, passando… Eu consegui entrar em contato e me informaram que não existia nenhuma carta de crédito contemplada no meu nome, e sim dois consórcios", lamentou o homem, que preferiu não se identificar.

Ele acredita que o suspeito tenha usado seus dados para abrir o consórcio. "Até hoje, não recebi nenhum centavo. Aí estou no prejuízo: sem carta de crédito, sem carro, sem dinheiro, sem nada".

Desde 2019, Diego Vinícius Costa Cruz acumula processos por estelionato. Em entrevista à TV Bahia, na delegacia, ele admitiu a prática dos golpes e revelou que a empresa alterava constantemente seus dados, como nomes, títulos, endereços e até CNPJs, sempre que surgiam queixas contra ele.

Atualmente, o consórcio se apresenta como Global Intermediação Veicular. Antes disso, alguns nomes usados foram:

• Global Car;
• RD Consórcio;
• Rei do Consórcio;
• Libera Crédito;
• Consórcio e Financiamento.

Associação com funcionários e parentes

Embora Diego tenha sido o único preso na operação, a polícia acredita que ele não agia sozinho e que havia outras pessoas envolvidas no esquema criminoso. "Havia funcionários, membros da própria família dele atuavam conjuntamente, o que evidencia associação criminosa", ressaltou o delegado-adjunto da 11ª Delegacia de Polícia, Jackson Oliveira.